Por Priscila Tavares
“Na verdade oq vicia naum eh a internet ou pc, mas o sentimento gerado a frente da tela”, disse um internauta em um fórum de discussão cujo tema era: “internet vicia”. Outro começava seu comentário assim: “Galera, tudo vicia. A capacidade do ser humano em se tornar dependente química ou psicologicamente de algo é infinita”.
E é verdade. Se formos parar para pensar, qualquer coisa é um vício em potencial. Mas o que seria capaz de fazer com que algumas pessoas substituíssem a vida real pela virtual?
Segundo a psicóloga Sylvia Van Enck Meira, voluntária da equipe do AMITI (Ambulatório dos Transtornos do Impulso) do Hospital das Clínicas, as pessoas viciadas no ciberespaço apresentam as mesmas motivações que levam alguém a usar drogas. O traço em comum é o seguinte, diz ela: "A maioria é formada por pessoas sem perspectiva de futuro que acabaram por se envolver com isso".
Se você passa horas e horas na internet (exclui-se aqui aqueles que viram noite fazendo trabalhos, claro), não se alimenta nem dorme direito por causa dela, perde amigos reais para conversar por meio de uma tela, cuidado! Você pode estar tentando fugir da realidade e criar uma vida ilusória. Pode estar querendo ficar off-line na vida real.
E Castells alerta que os laços da internet são, em sua maioria, frágeis: “As pessoas se ligam e se desligam da internet, mudam de interesse, não revelam necessariamente sua identidade”. Os amigos que você acha que tem, podem não existir. Claro que a gente nunca tem certeza de quem é ou não amigo de verdade, mas, no mundo real, a gente pode, pelo menos, ir lá tomar satisfação...